Dupla formada por paranaense e sergipana já venceu duas etapas do Circuito Brasileiro na temporada. Elas venceram o último torneio, realizada em Maceió.
Uma das duplas que vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Ágatha e Duda disputam nesta semana o segundo torneio delas em 2020. Será a etapa de Aracaju do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, a penúltima da temporada.
Duda Lisboa estará em casa. Nascida em São Cristóvão, a sergipana é um fenômeno da modalidade. É uma das principais atletas do mundo. O reencontro com os conterrâneos será uma motivação a mais para elas buscarem o terceiro título na temporada. Ágatha e Duda já venceram as etapa de Vila Velha-ES e Maceió-AL, esta última realizada há duas semanas na Praia da Pajuçara.
– É sempre bom poder voltar para casa, ter a torcida do nosso lado, rever familiares e amigos. É sempre uma energia a mais e um jogador a mais dentro da quadra, né?! É um fator positivo – comentou Duda Lisboa.
Ágatha Rippel é paranaense, e também se sente em casa jogando na terra da parceira. Ela espera contar com a torcida do público sergipano na arena montada na Praia da Atalaia.
– Automaticamente, é minha casa também. Eu estava com muitas saudades de Aracaju. A cidade tem uma estrutura maravilhosa, é ótima a areia, o público sempre lota. Para os aracajuanos, ter uma etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia é maravilhoso. Voltar para o Nordeste é muito bom. E sendo a casa da Duda, é a minha também. A torcida é nossa – disse Ágatha Rippel.
No caso de Duda, é também uma grande oportunidade para os atletas conterrâneos observarem o trabalho dela mais de perto e sonhar em chegar ao patamar que ela alcançou na modalidade.
– É muito bom estar perto desses atletas, poder ter esse contato direto com eles. A gente acaba observando o quanto está valendo a pena todo esse nosso esforço. Eles acabam se espelhando na gente e tendo fé que um dia também podem chegar em uma Olimpíada. É difícil mas nada é impossível. Vendo como a gente trabalha, como a gente treina, cada um pode buscar o seu caminho e buscar também esse sonho que eu estou realizando – comentou a sergipana.
Jogos Olímpicos de Tóquio
Agatha Rippel já tem experiência olímpica. Foi medalha de prata com Bárbara nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Depois disso, firmou parceria com Duda Lisboa e as duas alcançaram a vaga para Tóquio 2020. Para a sergipana, uma experiência nova e a oportunidade de fazer história.
– A gente está se preparando muito bem mentalmente, fisicamente, taticamente. Não tem como não pensar. Eu penso sim nisso todos os dias, que eu estou na Olimpíada, a dimensão disso tudo, mas eu estou procurando viver o dia a dia. Cada torneio, cada treino, estou colocando isso em minha mente. Difícil é, mas eu estou tentando me equilibrar nesse ponto junto com o meu psicólogo, com a Ágatha, que já viveu tudo isso no Rio e ela acaba me ajudando. Eu coloco tudo isso na bagagem para me concentrar e chegar lá bem – explicou Duda.
Os torneios daqui em diante vão servir de laboratório para as duas chegarem bem para os Jogos de Tóquio.
– Acho que todos os torneios são importantes para a nossa preparação. A gente está no segundo torneio do ano. Vencer em casa é sempre muito importante. Mas a gente nem jogou ainda. Tem vários jogos pela frente, duplas muito boas e vamos fazer o nosso melhor e realizar o que a gente vem treinando. É esse o objetivo – disse Duda.
Ágatha comentou também sobre o possível adiamento dos Jogos Olímpicos por conta da epidemia do coronavírus. Alguns eventos internacionais foram cancelados por conta do problema.
– Eu vou ser sincera, eu acho muito difícil uma Olimpíada ser adiada. É uma estrutura muito grande que gira em torno do evento, tanto no local quando no mundo inteiro. É logística de aéreo, hospedagem, etc. Então, acho difícil não ter. Nosso foco é pensando que os Jogos Olímpicos vão acontecer na data marcada e estamos pensando nisso. Enquanto não se mudar nada, e espero que não se mude, o foco é esse – opinou Ágatha.
Fonte: Globo Esporte – TV Sergipe
